Confira discurso de posse do novo presidente da API, Marcos Wéric

Discurso de posse do presidente da Associação Paraibana de Imprensa Triênio 2021-2024, Marcos Wéric

 

Boa noite a todos e todas. Autoridades aqui presentes, companheiros e colegas da imprensa, amigos e familiares, a todos que nos acompanham pela nossa transmissão, feita pelo nosso canal no youtube, na TV Diário do Sertão com sede em Cajazeiras e a TV Nordestina de Campina Grande, a aos demais sites que eventualmente estejam nos transmitindo neste momento.

Quero agradecer a presença do governador do estado, João Azevedo, do presidente da Assembleia, Adriano Galdino, e nome de quem saúdo todos os demais deputados, do prefeito da nossa capital Cícero Lucena, em nome de quem saúdo todos os demais prefeitos presentes, do presidente da Câmara de João Pessoa, Waldir Downslei – Dinho, através de quem cumprimento todos os demais vereadores, dos representantes da Defensoria Pública, do Tribunal de Justiça, e todas as demais autoridades. A presença de vossas excelências nesta solenidade é simbólica, não pelo presidente que chega, nem pelo que está deixando o cargo, mas pelo respeito que demonstram pela nossa entidade e pela imprensa, que é fundamental num democracia, tanto que é considerado o quarto poder.

 

I – Agradecimentos

 

Nesta parte dos agradecimentos, não poderia deixar de começar pelo início de tudo, um agradecimento profundo e especial a minha mãe, Bernadete, pelos tão profícuos ensinamentos desde tenra idade. Foi através destes ensinamentos sábios, de uma mulher simples, costureira, sertaneja, que meu caráter foi sendo moldado. Muito obrigado mainha, Deus lhe abençoe e lhe muitos anos de vida para que eu possa sempre recorrer aos seus conselhos.

 

Preciso lembrar também do meu pai, que está entre as quase 600 mil vítimas da Covid. Marcos Leite, também um homem simples, servidor público, sertanejo, de quem, infelizmente tivemos momentos sequestrados pelo alcoolismo que o tirava de nós em momentos íntimos e importantes, mas que sempre nos dizia uma frase, tendo a consciência de que, como a maioria dos pais, queria o melhor para os seus filhos: meu filho, faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço!

 

Agradecer ao meu irmão, Wells, parceiro de vida, um homem de caráter ímpar, e um dos corações mais generosos que conheço. Obrigado pela cumplicidade de sempre.

 

Agradecer a minha família, minha esposa Roberlanne – companheira de jornada há quase vinte anos que sempre me incentiva e me concede o suporte necessário para seguir avançando na vida e na profissão, e aos meus filhos Marcos Wéric Júnior e Mateus, que são simplesmente a razão da minha vida e da minha luta.

 

Precisa agradecer ainda a todas as pessoas que me ajudaram profissionalmente, e aqui não posso nominar, pois certamente iria cometer injustiça de esquecer alguém nesse momento de tanta emoção, mas foram muitos. E das mais variadas funções. Lembro-me de pessoas que foram importantes na minha carreira, que passam desde taxistas, auxiliar de limpeza, motoristas, editores, nomes consagrados do nosso jornalismo, secretários de estado, fontes, enfim muita gente.

 

Agradecer também a todos os companheiros da diretoria, que aceitaram esse desafio junto comigo, e conclamá-los a juntos, trabalharmos unidos em prol da nossa categoria e da nossa sociedade. Temos muito trabalho pela frente, mas vocês foram escolhidos a dedo, pois cada um tem a sua forma de contribuir.

 

II.          João Pinto

Preciso ainda fazer um agradecimento especial ao presidente João Pinto, pela confiança, pela cumplicidade, amizade e companheirismo. Companheiro João, só queria dizer uma coisa a você nesse momento, porque temos nos falado várias vezes por dia nos últimos 120 dias: quem precisou da API nos últimos três anos, sabe da sua importância.

 

III.          História e responsabilidade e desafios

 

Como diria Galvão Bueno, bem amigos, sou uma pessoa que não planeja o futuro, nem pessoal, nem profissional. Sei que é um defeito, mas este não consegui superar ainda. Mas se por um lado, tenho essa falha, por outro, tenho o que considero uma grande qualidade, principalmente para quem veio de baixo, quem precisou subir ladeira (como diz sempre meu amigo Adriano Galdino), que é agarrar com unhas e dentes as oportunidade que a vida lhe oferece, e infelizmente para quem é pobre e da periferia, elas são poucas. Então, para quem almeja conquistar espaços, é praticamente uma obrigação, não desperdiçar oportunidades. E assim foi minha vida, a cada oportunidade que aparecia, me agarrava e tirava o máximo que ela poderia me dar. Também não tinha medo de arriscar, desenvolvi uma metodologia de não permanecer por mais de dois anos em um emprego, se a partir dele não tivesse chance de evoluir. E assim fiz e foram muitas carreiras, desde os 15 anos, até ser abraçado pelo jornalismo. Vendedor de plano de saúde, balconista de farmácia, atendente de lanchonete, cobrador de ônibus, vendedor de sapato. De cada uma delas, hoje aproveito algo na minha profissão e guardo amigos de cada época. Este é o sentido da vida – evoluir e criar laços que nos fortalece.

 

Tudo isso para dizer que estou ciente da responsabilidade que carrego em meus ombros a partir de agora e dos desafios, que eu, juntamente como toda diretoria, vamos enfrentar. O momento para nossa categoria é de transformações profundas. Todo cidadão hoje é um sistema de comunicação ambulante. Com um único aparelho se pode registrar um fato ou uma opinião, publicar em vários meios e distribuir para centenas ou milhares de pessoas em questão de segundos. Mas somente nós, profissionais de imprensa, éticos e comprometidos com a verdade, temos o discernimento, as fontes de checagem, a ética profissional, o feeling jornalístico para produzir uma notícia confiável para a sociedade. Como disse em uma entrevista: a inteligência não sai de moda. Vamos nos esforçar ao máximo para que os profissionais de imprensa da paraíba possam usar essas transformações que estamos passando a seu favor e assim.

 

Para não me alongar muito, não repetirei aqui as propostas de campanha, pois elas foram expostas durante o pleito, mas só lhes garanto que já estamos trabalhando para colocá-las em prática e não mediremos esforços para fazer com que a API adentre nessa nova era, colocando o associado em primeiro lugar, mas sem esquecer de sua responsabilidade diante da sociedade.

 

IV – Democracia

 

Por fim, não poderia passar por aqui sem fazer uma defesa intransigente da democracia brasileira. Nossa democracia não é um presente que nos foi dado, não é produto que foi comprado, não é uma licença que nos foi concedida. Foi uma conquista, e aqui preciso ser redundante, uma conquista que foi conquistada, infelizmente, através de muita luta, suor, sangue e corpos. A estes que lutaram por nós, agora temos que lutar por eles.

 

Não seremos palanque político para A ou para B, mas não nos furtaremos de nos posicionar com independência e altivez, sempre que for preciso.

Nosso partido é o profissional de imprensa

Nossa bandeira política é a liberdade de expressão

Nossa ideologia é a defesa dos direitos humanos

 

Encerro a célere frase de Ulisses Guimarães:

 

Traidor da constituição é traidor da pátria. Temos ódio a ditadura, ódio e nojo.

 

Viva a imprensa livre, vacina no braço, comida no prato.