Eduardo, por Gutemberg Cardoso
Eduardo Carneiro era o amigo, o jornalista e o gentleman, que era uma unanimidade, você não encontra ninguém que tenha uma raiva, uma diferença, que não o amasse como amigo.
Essa era a figura de Eduardo. Ele era o chefe. O chef de cozinha, o chefe da redação, o chefe das amizades. E ser chefe é preciso saber lidar com todos os temperos, com todos os materiais de uma cozinha e ele era bom na cozinha e numa redação.
Numa assessoria, numa rádio, onde ele passou fazia exatamente a cozinha. E não é fácil fazer. Esse era o Eduardo Carneiro que conheci. Um amigo de um coração gigantesco, que foi talvez a maior derrota que nós sofremos na pandemia da Covid-19 quando o levou.
De todos que partiram no nosso meio jornalístico, o que eu mais senti foi Eduardo Carneiro, por ter ido embora tão cedo.
Eduardo, por Maria Helena Rangel
Eduardo Carneiro era, além de um profissional maravilhoso, sabia fazer o bom jornalismo, que exercia esse ofício com ética, com dignidade, respeitando as pessoas, os entrevistados, respeitando os veículos nos quais ele trabalhou. Eu falo em Eduardo muito mais como um amigo, um irmão, uma pessoa que eu queria muito bem e sei que também me amava assim como eu o amava de uma forma muito singela, muito doce, amiga.
Ele era aquela pessoa fiel, leal, cuidando dos amigos. Ele tinha consideração, ele cuidava das pessoas. Inclusive nos últimos tempos, a gente retomou a convivência e eu ficava impressionada como ele cuidava da gente, nos mínimos detalhes. Como ele era atencioso. Como ele preservava os laços de amizade, de irmandade.
E era isso o que eu via em Eduardo, um ser humano iluminado, profissional cheio de gabarito, um cara que todo mundo queria bem, todo mundo respeitava.
Eduardo Carneiro foi um ser humano que passou por aqui e só espalhou coisas boas entre as famílias, entre os amigos, os colegas. Por isso a partida dele doeu tanto em tanta gente e ele faz muita falta.