Nesse 8 de Março de 2022 – Dia Internacional das Mulheres -, a Associação Paraibana de Imprensa (API-PB) homenageia as jornalistas militantes em nossa categoria. Os primeiros registros de participação feminina de que temos notícia datam da década de 1960 com Ofélia Amorim, Germana Vidal e Denise Morais, na condição de associadas. Um fato lamentável em nossa trajetória é que Ofélia e Germana foram excluídas por falta de pagamento da mensalidade, junto com colegas homens. Denise e outros associados, por estarem morando em outros estados. Esse pessoal foi perseguido pelo regime militar. À época, Ofélia era advogada das Ligas Camponesas na Paraíba.
Vejamos o que diz a jornalista e historiadora Fátima Araújo no livro História da API:
Era uma época de dureza dos dirigentes da API para com os seus associados. Parecia até que o expediente do militarismo recentemente instalado estava a refletir-se no órgão da classe jornalística do Estado. Presidia a API o jornalista José Leal, que aliás, dirigiu a entidade por longos 20 anos. Alguns dos associados excluídos foram presos pela ditadura militar, outros fugiram para fora da Paraíba, portanto, não tinham como pagar a mensalidade.
O ápice da militância feminina em nossa entidade ocorreu no ano de 2009 quando, aos 2 de setembro, a jornalista Marcela Xavier Sitônio Lucena tomou posse na presidência da API. Outras jornalistas foram eleitas vice-presidentes da entidade em eleições distintas: Ruth Avelino, Sandra Moura, Sony Lacerda, a própria Marcelo Sitônio e atualmente Karla Alencar. Diversas jornalistas ocuparam cargos em gestões da API.
Mas voltemos aos anos das pioneiras. Em julho de 1964 foi admitida Hermenegilda de Carvalho Guimarães. Ivone Pessoa Nogueira foi aprovada para integrar o Conselho Deliberativo, sendo reeleita para a gestão seguinte também presidida por José Leal. Helena Raposo era associada. Em uma ata de 1969, encontramos o nome da associada Josefa Macedo.
Na gestão do presidente José Souto — 1973/1975 — a jornalista Sônia Iost conquista cargo na Diretoria, o de secretária. No segundo mandato de Severino (Biu) Ramos na presidência da API (1981-1983), Sônia Iost de Freitas integra o Conselho Deliberativo e não esteve só. Duas colegas também compunham a gestão: Júlia Santana na Comissão de Sindicância e na suplência desta comissão, Zilma Medeiros.
Quatro mulheres participaram da gestão do presidente Carlos Aranha de 1983 a 1985: Maria do Socorro Andrade (2º secretária), Astrid Bakke Di Pace, vice-tesoureira, Sônia Iost, suplente no Conselho Fiscal e Joan Andrade na suplência da Comissão de Sindicância.
Então entre 1964 e 1985 a história da API registra onze mulheres militantes na condição de associadas e componentes de Diretoria.
No período de 1986 aos dias atuais, cresceu bastante a representatividade feminina nas Diretorias da Associação Paraibana de Imprensa.
A gestão de Nonato Guedes — 1985-1987 — teve como integrantes cinco jornalistas: Baby Neves, Ana Carolina, Ana Maria de Sá, Gisa Veiga e Silvana Sorrentino.
O presidente Rubens Nóbrega — 1987-1989 — é o recordista em representatividade feminina na Diretoria da API e convidou 11 mulheres jornalistas: Baby Neves, Gisa Veiga, Ana Paula, Clélia Toscano, Astrid Bakke, Maria de Fátima Muniz, Mariana Moreira, Marcela Sitônio, Inise Machado, Rosa Maria de Lima e Maria de Fátima Araújo (autora do livro História da API).
Agnaldo Almeida presidiu a API no período de 1989 a 1991 e sete mulheres colaboraram com sua gestão: Marcela Sitônio, Mariana Moreira, Astrid Bakke, Nelma Figueiredo, Lena Guimarães, Helena Raposo e Cleane Costa.
Walter Santos, presidente da Associação Paraibana de Imprensa na gestão 1993/1995, teve Edilane Araújo, Célia Leal, Helena Raposo e Glaudenice Costa representando o universo feminino.
Na composição da gestão Nonato Bandeira — 1995/1997 — Ruth Avelino ocupou o cargo de vice-presidente. Lilian de Morais, Maria de Fátima Cavalcanti Queiroga, Elizabeth Marinheiro, Helena Raposo, Glória Rabay, Thamara Duarte e Josana Vidal, completaram a equipe.
Antonio Costa foi o presidente da API de 1997 até 2000 e as mulheres componentes de sua gestão foram: Sandra Suely Vieira, Marcela Sitônio, Maria Helena Rangel e Déa Borba Cruz.
Entre 2000 e 2003 o presidente foi José Euflávio. Sonia Lima e Tatiana Learth marcaram a presença feminina nessa gestão.
João Pinto presidiu a entidade por quatro mandatos. No primeiro, de 2003 a 2006, teve a atuação das jornalistas Cleane Costa, Marcela Sitônio e Helena Raposo. Na segunda gestão — 2006/2009 – João Pinto teve como vice-presidente Marcela Sitônio e Ruth Avelino no Conselho Deliberativo.
Em 2009 acontece a eleição histórica da primeira mulher presidente da API, Marcela Sitônio, que dirigiu a entidade até 2012. Ela teve as colegas Ruth Avelino, Cláudia Carvalho, Ivoneide Lopes da Silva, Adriana Rodrigues, Haceldama Borba e Maria de Fátima Araújo de Sousa na sua diretoria.
No período de 2015 a 2018 João Pinto assume mais uma vez a presidência da nossa entidade. As mulheres jornalistas foram representadas nessa gestão por Sandra Moura na vice-presidência, além de Haceldama Borba, Conceição Coutinho, Ivoneide Lopes da Silva, Sônia Lima, Verônica Guerra e Adriana Rodrigues.
A quarta gestão de João Pinto — 2018 a 2021 – teve Sony Lacerda na vice-presidência, e ainda Messina Palmeira, Joelma Alves, Gil Figueiredo, Cleane Costa, Ivonete Porfírio Martins, Djane Barros e Teresa Duarte.
O atual presidente da API, Marcos Wéric, eleito para mandato 2021-2024 tem na vice-presidência da entidade a jornalista Karla Alencar, Andréia Barros (diretora social), Edilane Ferreira (diretora de comunicação social), Gil Figueiredo e Joelma Alves (suplentes de diretoria), Nayane Rodrigues e Cleane Costa (conselheiras), Messina Palmeira e Angelita Lucas (suplentes).
A todas as mulheres, em especial às jornalistas que escreveram seus nomes na história da Associação Paraibana de Imprensa desde meados dos anos 1960, a homenagem do presidente Marcos Wéric, da vice-presidente Karla Alencar e de toda a Diretoria. Feliz 8 de Março – Dia Internacional das Mulheres!