A Associação Paraibana de Imprensa – API, completou nesse 7 de setembro de 2021, 88 anos. São cerca de 32 mil dias de luta, representatividade e história. Fundada aos 7 de setembro de 1933, uma quinta-feira às 21h na sede do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano – IHGP, a API é uma das entidades mais simbólicas nesses quase 100 anos de existência.
No estatuto da API naquele ano inicial o artigo 1 dizia: A Associação Paraibana de Imprensa – API ou A.P.I. –, sociedade civil, com sede e foro na cidade de João Pessoa, fundada a 7 de setembro de 1933, tem por princípio fundamental a plena liberdade de imprensa e como fins a orientação, a defesa, a assistência social e cultural e a união dos jornalistas e seus demais associados em todas as áreas de atividade profissional.
Art. 2 – A lei orgânica da Associação Paraibana de Imprensa é constituída por este Estatuto, a que todos os sócios são obrigados a obedecer e cumprir.
Art. 3 – A A.P.I. tem duração por tempo indeterminado.
Na ocasião o ministro da Aviação e Obras Públicas, José Américo de Almeida (governo Getúlio Vagas), foi aclamado presidente de honra. Ele encerrou os trabalhos da reunião afirmando que sua formação mental estava ligada à atividade da imprensa, desde a juventude. As primícias de sua inteligência tiveram no jornalismo a sua primeira forma de manifestação. Concluiu felicitando os jornalistas paraibanos pela iniciativa de fundação da Associação Paraibana de Imprensa. Dentre os fundadores daquela noite histórica para nossa classe: Abdias de Almeida, Aderbal Piragibe, Ascendino Leite, João Santa Cruz, José Leal, Osias Gomes, Samuel Duarte.
De 1960 em diante, a API começou a entender que existia o compromisso implícito com outras categorias, como os trabalhadores do campo. Orientados por lideranças como Assis Lemos, Francisco Julião, Malaquias Batista, Jório Machado, Adalberto Barreto, os camponeses eram conscientizados no sentido de se unirem numa associação de classe, ou seja, as Ligas Camponesas. Com uma participação significativa na organização dessas Ligas, a API já começava a ser olhada com certa desconfiança pelas classes dominantes, a exemplo dos usineiros, quase sempre unidas às elites militares.
No livro História da API – 1985, a autora Fátima Araújo (jornalista e historiadora) revela que a primeira diretoria da entidade teve a seguinte chapa, presidente: Samuel Duarte, vice-presidente: João Santa Cruz, primeiro secretário: Raul de Góis, segundo secretário: Lourival Lacerda Lima, orador: Aderbal Piragibe, tesoureiro: José Alves de Melo.
Fátima Araújo escreveu que a API, desde que foi fundada, sempre teve uma participação significativa nos acontecimentos sociais, políticos e culturais da Paraíba. Desde o seu nascimento, decidiu-se a participar da história da Paraíba.
Depois de Samuel Duarte nossa Associação Paraibana de Imprensa foi presidida até meados dos anos 1980, pela ordem, os jornalistas: Orris Barbosa, Rocha Barreto, José Leal – por dois longos períodos: 1940 a 1960 e de 1964 a 1973; Adalberto Barreto – 1960 a 1964; José Souto, de 1973 a 1975; Gonzaga Rodrigues, com dois mandatos, 1975 a 77 e 1977 a 1979; Severino Ramos, também com dois mandatos: 1979 a 81 e 1981 a 83. No ano de 1985 quando a Paraíba comemorava seus 400 anos, o presidente era Carlos Aranha.
Após Carlos Aranha presidiram a API: Nonato Guedes, Agnaldo Almeida, Walter Santos, Rubéns Nóbrega, Nonato Bandeira, Antonio Costa, José Euflávio, João Pinto, Marcela Sitonio e João Pinto (2015-2021). Neste 10 de setembro de 2021, assume a presidência da API o jornalista Marcos Weric.